O Globo e Estadão divulgam encontro de artistas em favor de DILMA

Intelectuais e artistas se unem em ato pró-Dilma

Oscar Niemeyer, Chico Buarque e várias personalidades viveram um clima de volta ao passado, como na campanha de Lula em 1989

Luciana Nunes Leal e Marcelo Auler


Volta ao passado. Personalidades da música, da política, atores e intelectuais se encontraram no Teatro Casa Grande para dar apoio a candidata petista à Presidência da República como foi feito na campanha de Lula

RIO – Com a rara presença do cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda, que só perdeu em aplausos para o arquiteto Oscar Niemeyer, mais de mil artistas, intelectuais e militantes reuniram-se ontem em um ato em apoio à candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, no Teatro Casa Grande, tradicional ponto de encontro e espetáculos da esquerda carioca, na zona sul do Rio. Os manifestantes entregaram à Dilma um documento com mais de 10 mil assinaturas, muitas delas de eleitores de Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), no primeiro turno.

Chico Buarque fez um rápido pronunciamento com elogios à Dilma e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Essa mulher de fibra, que já passou por tudo, não tem medo de nada. Vai herdar o senso de justiça social, um marco do governo Lula, um governo que não corteja os poderosos de sempre, não despreza os sem-terra, os professores, garis. Um governo que fala de igual para igual com todos, que não fala fino com Washington, nem fala grosso com a Bolívia e o Paraguai”, disse Chico, muito aplaudido pela plateia. Antes de falar, Chico mostrou-se surpreso: “Pensei que fosse ficar apenas como papagaio de pirata do Boff”, brincou.

A presença de Niemeyer, de 102 anos, que chegou em cadeira de rodas e ficou durante todo o ato público no palco, foi saudada, entre muitos outros, pelo teólogo Leonardo Boff: “Hoje pela manhã eu pedi um sinal a Deus. Se Oscar Niemeyer for ao encontro será um sinal infalível que a vitória está garantida”, contou. Neste momento, o arquiteto foi ovacionado pela plateia que gritava seu nome. Boff, citou a solidariedade como uma marca do governo Lula que será mantida por Dilma Rousseff, se for eleita.

O teólogo também fez uma referência indireta à onda de informações sobre um suposto apoio de Dilma à legalização do aborto e rejeição à união civil de homossexuais. “Se com Lula a esperança venceu o medo, com Dilma a verdade vai vencer a mentira”, afirmou Boff. Em referência ao candidato do PSDB José Serra, Boff afirmou que “o projeto que se articula com a privatização e com os negócios encurta a população brasileira e não podemos permitir que ele volte”.

Entre os artistas presentes estavam as cantoras Alcione e Beth Carvalho, os atores Osmar Prado e Paulo Betti, os diretores José Celso Martinez Corrêa e Ruy Guerra e os escritores Fernando Morais e Eric Nepomuceno. Foram também à manifestação, os ex-ministros Márcio Thomaz Bastos, Humberto Costa, Edson Santos e os atuais José Gomes Temporão, Nilcéa Freira e Juca Ferreira.

No Teatro Casa Grande, os manifestantes viveram um clima de volta ao passado, relembrando grandes encontros de artistas em torno do petista Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrido nas campanhas desde 1989 até a vitória em 2002. Dilma foi aclamada com adaptações de velhos jingles como “Olê, olê, olá, Dilma, Dilma”.

Em seu discurso, Dilma procurou marcar as diferenças de sua candidatura e a de Serra: “Nós não achamos que crescimento social é uma alegoria de mão ou um anexo. É isso que nos distingue radicalmente dos nossos adversários”, afirmou. Dilma insistiu no discurso de que os tucanos retomariam o processo de privatização se voltassem ao poder. “O que está em questão nessa eleição é o que eles farão com o pré-sal e também com a Petrobrás. A Petrobrás (no governo Fernando Henrique Cardoso) era para ser partida, esquartejada e ter suas partes vendidas”, disse.

A candidata exaltou como característica do povo “a capacidade de conviver com a diversidade religiosa e racial”. “Não somos um país que desfila ódio”, discursou Dilma. A candidata disse que 28 milhões de pessoas saíram da pobreza no governo Lula. “Não é um dado que pode ser alvo de disputa eleitoral”.

Além do manifesto de artistas e intelectuais, a petista Dilma Rousseff recebeu outros dois documentos de apoio à sua candidatura – um organizado por advogados e outro por religiosos.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,intelectuais-e-artistas-se-unem-em-ato-pro-dilma,626552,0.htm

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Oscar Niemeyer, Chico Buarque e Leonardo Boff prestigiam evento pró-Dilma em teatro do Rio

RIO DE JANEIRO – O ponto alto do encontro de artistas e intelectuais com a presidenciável Dilma Rousseff, nesta segunda-feira à noite, no Rio, foi a presença de Oscar Niemeyer e de Chico Buarque no Teatro Oi Casa Grande, no Leblon. Cinco minutos antes da chegada da candidata petista, o arquiteto entrou no palco, de cadeira de rodas, e foi ovacionado pela plateia. Chico Buarque chegou cinco minutos após a presidenciável e provocou frisson: o discurso de um dos participantes foi abafado pelos aplausos dirigidos ao compositor, que comentou rapidamente seu apoio, elogiando o presidente Lula:

– Venho aqui reiterar meu apoio entusiasmado à campanha da Dilma. A forma de governar de Lula é diferente. Ele não fala fino com Washington, nem fala grosso com Bolívia e Paraguai. Por isso, é ouvido e respeitado no mundo todo. Nunca houve na História do país algo assim.

No palco, uma seleção de músicos como Alcione, Elba Ramalho e Alceu Valença, e de atores, como Paulo Betti, Sérgio Mamberti e Antonio Pitanga, deu apoio a Dilma, que ficou sentada entre o teólogo Leonardo Boff e Chico. A cantora Beth Carvalho fez uma versão de um dos sambas mais famosos de Zeca Pagodinho. No lugar do refrão “Deixa a vida me levar”, ela improvisou “Deixa a Dilma me levar, Dilma leva eu”.

O organizador do evento, o sociólogo Emir Sader, ressaltou que o encontro era um ato de unidade e que a outra alternativa neste segundo turno, referindo-se ao candidato José Serra, era o “obscurantismo”, a “intolerância” e a “repressão”.

Segundo Sader, o encontro foi uma tentativa de reproduzir a repercussão alcançada, em atos semelhantes, realizados no Canecão, nas duas campanhas vitoriosas de Lula, em 2002 e 2006, quando artistas e intelectuais também declaram apoio ao petista.

Sobre a mobilização por Dilma ocorrer apenas no segundo turno, Sader avaliou que foi o momento em que se fez necessário:

– Havia uma percepção que estava se encaminhando para uma vitória. Talvez por isso tenha demorado (para haver a mobilização)

Para Antonio Pitanga, o movimento dos artistas só ocorreu agora porque finalmente houve uma convocação.

– O PT faz o tempo certo, como diria Geraldo Vandré. E a Dilma está fazendo a hora. Não houve este tipo de chamamento, de uma parte ou de outra, no primeiro turno. Mas, num momento em que somos chamados, estamos aqui dizendo presente.

Alguns convidados fizeram discursos, como Marilena Chauí, que, emocionada, disse que sua geração já viu um negro ser presidente na África do Sul, um índio na Bolívia, um negro nos Estados Unidos, um operário no Brasil. Segundo ela, chegou agora a hora de uma mulher ser presidente do Brasil. A filósofa defendeu ainda que a eleição de Dilma é a certeza de que os recursos do pré-sal serão priorizados na educação.

Também estavam presentes no palco o presidente do PT, José Eduardo Dutra, o governador do Rio, Sérgio Cabral, além do prefeito carioca, Eduardo Paes. Cabral chegou a fazer discurso, ressaltando o fato de o Rio de Janeiro ser uma cidade “sem preconceitos”. Ele foi aplaudido com moderação pela plateia.

Além de políticos e artistas, a militância também estava presente no teatro, que ficou lotado. Muitos levaram bandeiras.

Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2010/mat/2010/10/18/oscar-niemeyer-chico-buarque-leonardo-boff-prestigiam-evento-pro-dilma-em-teatro-do-rio-922819342.asp

Sobre brasilunido
Sou um dos milhões de brasileiros que atuam em defesa da DEMOCRACIA, contra os GOLPISTAS e em defesa do legado deixado por LULA/DILMA, que aliaram crescimento econômico, geração de empregos, distribuição de renda e inclusão social, levando milhões de brasileiros à ascensão social, e que continua na luta por melhorias da saúde e educação e que busca todos os avanços necessários para a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. Ainda utilizo este blog como uma opção de divulgação de serviços de utilidade pública e informações de esporte.

One Response to O Globo e Estadão divulgam encontro de artistas em favor de DILMA

  1. Edvaldo says:

    Qdo. um determinado segmento da sociedade recebe, sistematicamente, verbas governamentais… suas opiniões fatalmente são tendenciosas.
    É o que vejo deste meio artistico recebendo verbas da CEF, Banco do Brasil, Petrobrás, Correios…. Cuidado artistas e intelectuais “a teta pode secar” acho que foi este o AVISO do governo… Ai acontecem eventos como estes…
    Infelizmente vivemos hj. numa republica em que as opinioes são manipuladas por diferentes tipos de dependencia pública:
    Bolsa disso e daquilo para os menos afortunados (30.000.000 de votos);
    Verbas pomposas para Sindicatos e Associações(UNEs,MST´s..)Cala boca pras críticas e oposição;
    Patrocinios via estatais para Filmes, peças de teatro, eventos “artisticos” etc..etc..Estes já são para os formadores de opinião)
    A que preço isso vem ocorrendo no Brasil. Até quando! Até quando a fatia produtiva da população vai suportar esta carga tributária pra continuar mantendo esta realidade? Isso tudo e a CORRUPÇÃO “que nunca na historia deste pais” esteve tão presente e sem punição?
    São meras perguntas e especulações? Será?

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